
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Relato de experiência seminário regional de inclusão digital e software livre na UPF
Resumo do artigo
Softwares educativos podem despertar possibilidades múltiplas de aprendizagem. Entre elas, autonomia em manipular a ferramenta “computador” e poder explorá-lo com desafios lúdicos, logo atrativos.
Na realidade do Colégio Israelita Brasileiro, colégio privado da cidade de Porto Alegre, as crianças iniciam sua trajetória na informática aos 3 anos. Mas o questionamento é como iniciar com qualidade essa trajetória? Como promover a aprendizagem, através desses softwares? Partindo desses questionamentos, pesquisamos diversos softwares proprietários e livres. Optamos pelo software livre GCOMPRIS, pois dispõe de atividades lúdicas de exploração nos periféricos de entrada, mouse e teclado. O uso do mouse é uma novidade. É uma ação difícil, pois para as crianças de 3 anos, assimilarem que quando eles manipulam o mouse, precisam olhar o cursor “seta” no monitor, e pensar “se eu mexo no mouse, e olho para o monitor, eu mando na setinha”.
Já para as séries iniciais, em especial as 4 séries, o desafio é como promover atividades atrativas e diferenciadas, já que esses sujeitos possuem a ferramenta em casa e exploram os editores com destreza. A oportunidade partiu de um projeto na Ir Ktaná [1]chamado “O Mistério da Ir Ktaná”, que os alunos escolheram um local da cidade-laboratório e a professora os fotografava. Após as professoras solicitaram para equipe de informática educativa do colégio, sugestões para trabalhar nessas fotos. Recomendamos o editor de imagens livre GIMP, que possuí todos os recursos dos softwares proprietários, porém com um diferencial, os alunos posteriormente podem trabalhar com o mesmo software em suas casas, pois é livre não exige licença com isso não se estimula à pirataria. O principal objetivo foi promover a criatividade de forma autônoma, prazerosa e diferente das experiências anteriores, provocando desequilíbrios. Os alunos sentiram-se incomodados no primeiro momento, pois as múltiplas possibilidades de uso causaram dois efeitos: motivação e medo de não conseguirem compreender a lógica de uso do software. Em um primeiro momento, realizamos o que chamamos de instrumentalização do software, e posteriormente, possibilitamos exploração ao software. Somente após a exploração, é que se iniciou a edição em suas respectivas fotos. Os alunos apresentaram resistência, no layout do software GIMP.
Utilizar as tecnologias desde a Educação Infantil é uma delas, e continuar seu uso com práticas desafiadoras no Ensino Fundamental, são comprovações das possibilidades distintas que a Escola está tentando modificar. Disponibilizar os softwares para continuar seu uso em casa é um avanço que somente o software livre possibilita, seja na realidade pública ou privada. O uso do software educacional livre promove aprendizagem significativa, para tanto é necessário utilizar o recurso, porém com objetivos educacionais
[1] Ir Ktaná – cidade – laboratório desenvolvida no Colégio Israelita Brasileiro para promover cidadania nos alunos de EI e SI.
http://inf.upf.br/~inclusao/programacao